quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

A outra volta do parafuso - (Paulinho Moska)

Naquele dia senti Que, finalmente, tua máscara ia cair
Definitivamente eu estava cansado de te ouvir mentir
Meu corpo doía de um lado minha alma fervia do outro

De novo no mesmo lugar e eu não queria estar ali
Tenho certeza que tu és o castelo onde o meu desejo mora

Mas me machuquei quando me aproximei de tuas paredes de pedra
E tudo que sonhei me incomoda agora

Seja qual for o dia seja qual for a hora
Antes de pensar em me procurar
Me apague da tua memória
Porque já tranquei as portas

E escondi as chaves
Só não vi de que lado fiquei
De dentro, ou por fora, nem sei
Você me dói agudo e isso é grave,

Grave antes de te reencontrar
Sei que preciso voltar a ser alguém
Alguém que saiba, pelo menos tudo aquilo que não quer

Alguém que tente atravessar o túnel no final da luz
Pois fiquei cego, surdo e mudo

E agora quero me esquecer de tudo
Pra descobrir em fim o que sobrou de mim
Que ainda me seduz
Se por acaso pensas que eu vou me perder por aí

Ainda vou gritar no teu ouvido
Que a vida é um parafuso sem fim
Que a cada volta aperta mais

E nunca afrouxa para trás
Só então saberás que desde o início eu já era assim
Você me dói agudo e isso é grave, grave

Antes de te reencontrar, sei que preciso voltar a ser alguém

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